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À vontade no tatame, Rafaela Silva inicia nova fase da carreira com vitória

A judoca Rafaela Silva resolveu dar um novo rumo à já vitoriosa carreira. Na última sexta, 1 de novembro, no Troféu Brasil, na UniBH, em Belo Horizonte, a atleta, que competia na categoria 57kg, passou a competir na 63kg. E a mudança foi positiva. Na final, a atleta do Flamengo superou Erika Ferreira, do Instituto Reação, assegurando a medalha de ouro. Ao longo da carreira, a judoca já colecionava, nos 57kg, duas medalhas olímpicas, uma de ouro na Rio-2016 e outra de bronze por equipes, em Paris-2024, dois títulos mundiais, no Rio, em 2013, e em Tashkent, no Uzbequistão, em 2022, o ouro nos Jogos Pan-americanos de Santiago- 2023, além de dezenas de outros pódios internacionais. Aos 32 anos, a judoca decidiu subir de peso, visando à participação nos Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028.       

“Quero conquistar muitas coisas nos próximos anos, e meu objetivo é representar o Brasil nos Jogos Olímpicos em um novo peso. Estou muito focada. Já lutei no 63kg algumas vezes, mas hoje (sexta-feira) foi diferente. Foi oficial e iniciamos o ciclo com uma medalha de ouro”, comentou, entusiasmada.    

Rafaela explicou que a alteração de categoria não havia sido algo repentino. “Um pouco antes dos Jogos Olímpicos, eu já tinha tomado essa decisão de subir de peso. Dezesseis anos atrás eu tive uma responsabilidade gigantesca de representar a Kekinha (Ketleyn Quadros), que abriu a porta para as medalhas olímpicas do 57kg. Eu tinha um sonho de conquistar medalhas olímpicas e mundiais, e hoje eu posso falar que fiz isso. Então estou fechando essa porta com muito orgulho, pelo o que eu fiz nessa categoria”, declarou.      


Foto: Anderson Neves/ CBJ

Reconhecida por seu talento e também por sua garra nos tatames, a judoca natural da Cidade de Deus, uma comunidade carente na Zona Oeste do Rio de Janeiro, já lança o olhar em busca de um novo pódio olímpico, desta vez no megaevento de 2028.        Depois de 16 anos na categoria leve (até 57kg), a judoca demonstrou estar pronta para enfrentar novos desafios.

     “É um início de ciclo e poder começar com um título é muito importante. Já defini que esta vai ser a minha nova categoria, era uma decisão que estava tomada antes de Paris, independentemente de medalha ou não”, relatou. “É uma mudança que me permite comer melhor, treinar melhor e me deixar mais confortável no tatame. Então acredito que ainda posso construir muita coisa nessa nova categoria e espero seguir conquistando novas medalhas”, comentou.

A próxima competição da medalhista olímpica será o Grand Slam de Tóquio, em dezembro, que reúne os melhores nomes da modalidade no mundo. Agora que a judoca está numa outra categoria, a competição será uma excelente  oportunidade para somar pontos no ranking mundial.

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