Colecionadora de medalhas e frequentadora de pódios com a camiseta da seleção brasileira feminina de vôlei, a central carioca Thaísa é uma das atletas que o técnico Zé Roberto Guimarães mais confia para os Jogos Olímpicos de Paris, no fim deste mês. Na luta pelo terceiro ouro olímpico, após os de Pequim-2008 e Londres-2012, a seleção vai estrear no dia 29, contra o Quênia, às 8 de Brasília.
Na segunda rodada da fase de grupos, jogará com o Japão e, na terceira, com a Polônia, respectivamente nos dias 1 e 4 de agosto. Exceto pelo Quênia, na 20a posição do ranking mundial, o Brasil terá velhos conhecidos pela frente. Participante de ambas as campanhas de ouro olímpicos, Thaisa também colaborou em outras conquistas importantes, como as de cinco ouros no Grand Prix, em 2008, 2009, 2013, 2014 e 2016, e mais uma prata e um bronze em Mundiais de 2010 e 2014, além do ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2011. Estes e outros títulos fazem dela provavelmente a atleta mais experiente do atual grupo, para o qual ela retornou no ano passado. Agora, seus olhos estão em Paris.
Foto: Instagram @daherthaisa
“Acho que estamos muito focadas. A gente tem dois times muito fortes. O Japão sempre tira nosso sangue, tem sido jogos muito difíceis. A Polônia vem ganhando de todo mundo, fazendo grandes partidas com jogadoras muito eficientes e muito constantes”, comentou a meio de rede Thaísa.
Atenta ao cenário internacional de seu esporte, ela segue em sua análise.
“O Quênia é um pouco mais abaixo do nível dessas duas equipes”,
Quando perguntada sobre como está o elenco, em especial depois do quarto lugar na Liga das Nações, em cuja fase de classificação, a seleção obteve o recorde de 12 vitórias em igual número de confrontos, Thaisa deixa escapar a emoção:
“As meninas estão muito focadas. Até arrepio, porque a gente tá muito determinada. Sabemos o que queremos.”
Na recém-encerrada Liga das Nações, vencida pelas italianas, o Brasil ganhou do Japão na fase de classificação, mas perdeu para o rival nas semifinais. Antes disso, havia assegurado a vaga olímpica contra as as japonesas no pré-olímpico de Tóquio, no ano passado. Em relação à Polônia, ganhou na fase classificatória da Liga das Nações, mas perdeu a medalha de bronze da mesma Liga.
Atualmente, o Brasil é o segundo do ranking mundial da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), após ter sido medalhista de prata nas Olimpíadas de Tóquio-2020, disputadas no ano seguinte, devido à pandemia do coronavírus. Na final, perdeu o ouro para os EUA.
Zé Roberto, treinador da seleção feminina, é o único brasileiro tricampeão nas Olimpíadas. Além de levar a seleção feminina ao ouro em 2008 e 2012, ele também comandou o time masculino na conquista da medalha dourada em 1992.
As convocadas para Paris-2024 foram: as ponteiras Gabi Guimarães, Julia Bergmann e Ana Cristina; as opostas Rosamaria, Lorenne e Tainara; as centrais Thaísa, Ana Carolina e Diana; as levantadoras Macris e Roberta e a líbero Nyeme. A FIVB autorizou a convocação de uma 13ª jogadora para ser suplente. No caso do Brasil, a jogadora autorizada a substituir em caso de lesão, será a líbero Natinha, que vai a Paris com o elenco.
Os outros grupos do torneio olímpico serão: Grupo A - França, Estados Unidos, China e Sérvia; e Grupo C - Itália, Turquia, Holanda e República Dominicana.
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