Seleção brasileira feminina de basquete traça caminho rumo a Paris via Belém do Pará

Na luta por uma vaga nas Olimpíadas de Paris-2024, a seleção brasileira feminina de basquete disputa dos dias 8 a 11 de fevereiro, em Belém do Pará, o Pré-Olímpico da modalidade. Das 15 atletas que participarão da disputa classificatória; Débora Costa, Alana Gonçalo, Carina Martins, Tainá Paixão (armadoras); Isabela Ramona, Leila Zabani, Vanessa Sassá, Gabriela Sossô (alas); Vitória Marcelino, Emanuely Oliveira, Stephanie Soares, Licinara Bispo (alas-pivôs); Damiris Dantas, Érika Souza e  Kamilla Soares (pivôs), 10 já estão treinando em Araraquara, São Paulo. A equipe deve permanecer na cidade até o dia 2 de fevereiro, quando embarca para Belém. As atletas que atuam no exterior (Damiris, Kamilla, Tainá e Ramona) assim como o técnico José Neto só se juntarão ao grupo na capital paraense. Por ora, os treinos serão comandados pela CT e pelo técnico João Camargo, campeão da última LBF e ouro nos Jogos Pan-Americanos.

Foto: Divulgação CBB

Em busca de uma das três vagas do torneio classificatório, o Brasil enfrenta Alemanha, Sérvia e Austrália. A seleção verde e amarela estreia contra a Austrália, depois encara a Sérvia e fecha a fase classificatória contra a Alemanha. Os jogos serão disputados sempre às 20h, no Guilherme Paraense, conhecido como Mangueirinho, na capital paraense.

      ”Vamos para a última competição do processo de classificação para os Jogos Olímpicos de Paris e chegamos até aqui com excelência. Campeões Sul-Americanos em 2022, da AmeriCupW em 2023, essas foram as competições que nos classificaram para esta fase. Quero agradecer todo o empenho e disponibilidade de todas as jogadoras e CT que participaram destas competições, além do Pan de Santiago e da etapa de treinamento em Portugal”, explicou o técnico José Neto. “Vamos para uma competição difícil em que todas as equipes participantes chegam por méritos e não tem nenhuma delas com vantagens. Vamos fazer o nosso melhor e acreditamos que desta forma, poderemos conquistar uma das vagas para Paris. Contamos com o apoio da nossa torcida em Belém do Pará para nos dar força e fazer a diferença.”       

     Belém é uma das sedes dos quatro torneios Pré-Olímpicos Femininos do Basquete.  De acordo com o formato de disputa, as equipes se enfrentam dentro do grupo. Os três melhores se classificam para Paris 2024. Os grupos com França e EUA terão dois classificados.  As francesas, anfitriãs dos Jogos Olímpicos, e as americanas, campeãs mundiais, disputam o Pré-Olímpico mas já estão garantidas em Paris 2024.

        Em relação aos demais grupos,  Xi’an, na China,  vai sediar uma das chaves, que também contará com Nova Zelândia, Porto Rico e a França. Devido à presença das francesas no grupo, apenas duas seleções vão avançar a Paris.

    Com sede na cidade belga de Antuérpia, o  terceiro grupo é formado pela própria Bélgica, Senegal, Nigéria e Estados Unidos. As americanas já estão asseguradas em Paris-2024, pela condição de campeãs mundiais. Assim como no grupo sediado na China, por causa da participação dos EUA, somente duas equipes irão se classificar para os Jogos Olímpicos.

    A quarta chave do Pré-Olímpico terá sua sede em Sopron, na Hungria, reunindo a equipe húngara e mais Espanha, Japão e Canadá. Neste grupo, haverá três vagas em disputa. Ao todo, o torneio olímpico de basquete vai reunir 12 seleções. Ou seja, França, EUA e as dez classificadas nos Pré-Olímpicos.

Ao longo da história, a  melhor participação feminina verde e amarela nos Jogos Olímpicos se deu em Atlanta-1996, quando conquistou a medalha de prata com um elenco que contava com Hortência, Paula, Janeth, Roseli, Helen, Leila Sobral. Um time dos sonhos que já havia sido campeão mundial dois anos antes, na Austrália. O Brasil voltou ao pódio em 2000, com o bronze nos Jogos de Sydney.

 A conquista invicta da AmeriCupW colocou a Seleção Brasileira de volta no top 10 mundial, com a oitava colocação no geral. Agora é torcer para que a equipe mantenha a pegada e o empenho da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) em trazer uma das chaves do Pré-Olímpico para o território nacional abra caminho para que a seleção brasileira retorne às Olimpíadas, o que não ocorre desde a Rio-2016, quando mesmo jogando em casa, a equipe nacional não foi além do nono lugar.