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Monarquias disputam a soberania de dois reinos

No próximo domingo, dia 20, a partir das 7h da manhã ( horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Sydney, na Austrália, uma nova soberana assumirá o trono do Planeta Futebol. Duas monarquias estão na linha de sucessão: Espanha e Inglaterra.  Uma das duas seleções irá erguer a taça de campeã da Copa do Mundo Feminina de Futebol da Fifa, organizada em conjunto por Austrália e Nova Zelândia. Além do título inédito, o  país vitorioso entrará para uma seleta linhagem  de clubes do futebol mundial soberanos de dois reinos, o masculino e o feminino.

No próximo domingo, dia 20, a partir das 7h da manhã ( horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Sydney, na Austrália, uma nova soberana assumirá o trono do Planeta Futebol. Duas monarquias estão na linha de sucessão: Espanha e Inglaterra. Uma das duas seleções irá erguer a taça de campeã da Copa do Mundo Feminina de Futebol da Fifa, organizada em conjunto por Austrália e Nova Zelândia. Além do título inédito, o país vitorioso entrará para uma seleta linhagem de clubes do futebol mundial soberanos de dois reinos, o masculino e o feminino.

A bem da verdade, até agora apenas um país pode se gabar de semelhante glória: a Alemanha, que aboliu a monarquia em 1918, mas continua valorizando as coroas que tem: uma com quatro brilhantes de tetracampeã mundial masculina, em 1954, 1974, 1990 e 2014 e, a outra, com dois brilhantes de bicampeã feminina, em 2003 e 2007. Em relação às finalistas de domingo, a Inglaterra já foi campeã da Copa masculina organizada por ela mesma em 1966; e a Espanha foi campeã mundial masculina em 2010, na África do Sul, na primeira edição de uma Copa do Mundo no continente africano.

Curiosamente, países poderosos no contexto masculino, como o pentacampeão Brasil; a tetracampeã Itália; a Argentina, dona de três títulos; França e Uruguai, ambos bicampeões, jamais ganharam um Mundial feminino. Parece haver mesmo um descompasso ou disparidade de forças entre os reinados feminino e masculino do futebol. Na Copa disputada pelas mulheres, a maior potência são os tetracampeões Estados Unidos, seguidos pela Alemanha, com dois troféus, Noruega e Japão, um cada.

Para avançar às finais femininas, em busca de seu primeiro título,

Espanha e Inglaterra superaram nas semifinais, respectivamente, as equipes da Suécia e da Austrália, uma das promotoras do Mundial. As espanholas derrotaram as suecas na terça-feira por 2 a 1. Salma Paralluelo marcou 1 a 0, Rebecka Blomqvist empatou, e Olga Carmona decidiu menos de 1 minuto depois do empate. Nesta quarta-feira, a Inglaterra frustrou a expectativa da torcida australiana em relação às Matildas – apelido da seleção australiana. Num grande jogo, as inglesas venceram o duelo por 3 a 1, garantindo lugar na linha de sucessão ao trono. O time inglês abriu o placar com Ella Toone na primeira etapa. Na segunda, a estrela australiana Sam Kerr empatou, mas a Inglaterra festejou a vitória graças aos gols de Lauren Hemp e Alessia Russo.

Aparentemente, se forem levados em conta os currículos das finalistas, as Lionesses – as Leoas, apelido da equipe inglesa – vivem excelente fase em sua sétima participação em Copas do Mundo e levam certo favoritismo. Ano passado, foram campeãs da Eurocopa, com 2 a 1 sobre a Alemanha, na prorrogação, em Wembley. Este ano, em abril, também em Wembley, na finalíssima (entre as campeãs da Uefa e da Conmebol), as inglesas derrotaram as brasileiras por 4 a 2 nos pênaltis, após empate em 1 a 1. A dupla de ataque formada por Hemp e Russo funcionou nesta semifinal e pode ser determinante numa eventual conquista da taça.

Desde 2021, a treinadora é a holandesa Sarina Wiegman, primeira não-inglesa a ocupar o cargo. Em seis jogos neste Mundial, foram cinco vitórias e um empate, contra a Nigéria, nas oitavas, tendo vencido nos pênaltis. Nas quartas, a Inglaterra havia passado pela Colômbia, antes de bater a Austrália.

Conhecidas pelos apelidos La Roja (A Vermelha, mesmo apelido do masculino) ou Las Soñadoras (As Sonhadoras), as espanholas contam no elenco com a apoiadora Alexia Putellas, eleita por duas vezes a melhor do mundo, e que tem como importante coadjuvante Aitana Bonmatí, também meio-campista. Em seu terceiro Mundial, desde 2015, esta já é sua melhor participação, por ter chegado à final. Na Eurocopa, seu melhor resultado foram as semifinais de 1997.

Para chegar a esta decisão, o grupo teve de superar uma crise interna de relacionamento entre atletas, comissão técnica – em especial o treinador Jorge Vilda – e diretoria da Real Federação Espanhola. Dentro de campo, na fase de grupos, as Sonãdoras sofreram uma goleada (4 a 0 para as japonesas, mas passaram às oitavas. Daí em diante, foram eliminando Suíça, Holanda e Suécia, para alcançar a grande final.

No próximo sábado, às 5h de Brasília, em Brisbane, Austrália e Suécia vão disputar o importante terceiro lugar na competição. De qualquer forma, esta já é a melhor campanha da história da seleção australiana em Copas. No que diz respeito às suecas, a equipe havia sido vice-campeã mundial em 2003.

*Todas as campeãs da Copa do Mundo Feminina:

  1. Estados Unidos – 4 (1991, 1999, 2015 e 2019)

  2. Alemanha – 2 (2003 e 2007)

  3. Noruega – 1 (1995)

  4. Japão – 1 (2011)

*Todos os campeões da Copa do Mundo Masculina:

  1. Brasil: 5 títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002)

  2. Alemanha: 4 títulos (1954, 1974, 1990 e 2014)

  3. Itália: 4 títulos (1934, 1938, 1982 e 2006)

  4. Argentina: 3 títulos (1978, 1986 e 2022)

  5. França: 2 títulos (1998 e 2018)

  6. Uruguai: 2 títulos (1930 e 1950)

  7. Espanha: 1 título (2010)

  8. Inglaterra: 1 título (1966)

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