A recém-encerrada temporada de 2024 foi dourada para a skatista brasileira Rayssa Leal. Às vésperas de completar 17 anos no próximo dia 4 de janeiro, a Fadinha voltou a fazer história ao se tornar no último domingo, dia 15 de dezembro, no Ibirapuera em São Paulo, a primeira atleta feminina tricampeã da SLS Super Crown, equivalente ao título da Liga Mundial de Skate Street. A maranhense confirmou seu favoritismo, subindo ao topo do pódio, com 35.4 pontos, à frente das japonesas Coco Yoshizawa, com 35.2, e Yemeka Oda, com 33.7.
Foto: Instagram @raissalealsk8
Rayssa já havia vencido o Super Crown em 2022 e 2023, antes da edição deste ano. Além deste troféu, ela ganhou, em 2024, a medalha de bronze nas Olimpíadas de Paris e o bicampeonato mundial de skate, em Roma. Nas Olimpíadas de Tóquio-2020, disputadas no ano seguinte, devido à pandemia do coronavírus foi medalhista de prata no skate street. No ano seguinte, em 2022, veio o primeiro título mundial conquistado em Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. Nos X Games, a maranhense foi bicampeã em Chiba, no Japão, em 2022 e 2023.
Diante de 16 mil pessoas que lotavam a arena do Ibirapuera, Rayssa teve de virar o placar da competição para chegar ao título. Nas duas últimas manobras, ela conseguiu notas 9,1 e acabou tomando a liderança, para ser tricampeã.
“Eu não tenho palavras o suficiente. Tudo isso que aconteceu hoje vale mais do que esse troféu. Reviravolta, errei as duas primeiras tentativas. Estava nervosa, não vou mentir. Minha família acompanhou tudo isso. Esse troféu vai para o pessoal que está em casa”, prometeu ela. “ Vocês viram a realidade do skate, a amizade, a família e vão ver isso aumentando. O nível estava alto, várias notas 9. Foi bem (do jeito do) Corinthians (seu time do coração). Estou realizada. Estou com todo mundo, time completo, minha psicóloga saiu da Itália pra vir pra cá.”
A estrela brasileira do skate prosseguiu, considerando 2024 um ano de muito aprendizado, físico e mental.
“Foi um ano difícil, driblamos as dificuldades e deu tudo certo. É tudo ou nada. Na última manobra é bem isso, precisava de 9. Essa e algumas dariam 9, mas essa é a que fico mais confiante. Felipe (seu técnico) fez uma estratégia sensacional, sabe todos os meus pontos”, comentou.
No feminino, a história da SLS teve início em 2015, com a brasileira Letícia Bufoni levando o título. Na sequência, Pamela Rosa fez o Brasil voltar a vencer em 2019 e 2020, chegando ao bicampeonato. Mais recentemente, Rayssa passou a exercer seu domínio nas grandes finais da Liga Mundial de Skate Street (SLS) vencendo as edições de 2022, 2023 e 2024.
Comments