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Em meio às roletas e aos caça-níqueis de Las Vegas, a final do Super Bowl mais uma vez promete roubar a cena

Atualizado: 2 de fev.


      Conhecida mundialmente como The Sin City (A Cidade do Pecado), pelas ofertas variadas de jogos de cassino e de encontros de cunho sexual, uma espécie de Disneylândia para adultos, Las Vegas vem-se tornando nos últimos anos a mais nova opção esportiva dentre as cidades americanas. Tanto assim que desde o ano passado passou a integrar o calendário do Mundial de Fórmula-1. Este ano, no dia 11 de fevereiro, às 20h30m de Brasília, vai sediar, pela primeira vez, uma edição do Super Bowl, a decisão do campeonato da NFL, a liga profissional de futebol americano. Este será o Super Bowl LVIII (58).

       Os super finalistas vão ser  o Kansas City Chiefs, campeão em 1970, 2020 e no ano passado, e o  San Francisco 49ers, vencedores em 1981, 1984, 1988, 1989 e 1994. Se ganharem agora irão se igualar aos recordistas Pittsburgh Steelers e New England Patriots, todos com seis troféus Vince Lombardi.  O duelo vermelho (cor predominante em ambos os uniformes) entre Chiefs e 49ers terá como  palco o  moderníssimo Allegiant Stadium, casa do tradicional  Las Vegas Raiders, que desde 2020 tem sede na região,  mas que já atuou em cidades californianas como Los Angeles e Oakland. Inaugurado naquele mesmo ano, o Allegiant Stadium é um estádio coberto com dez andares de altura e capaz de abrigar 65 mil espectadores (podendo ser expandido para 71 mil). 

       Como se pode imaginar, o Super Bowl não se restringe ao local físico, mas explode para o mundo, por meio das mais variadas plataformas como a TV e a Internet.  Ano após ano, o Super Bowl bate recordes de público na TV dos EUA, além de ser um sucesso também nas transmissões para para dezenas de nações, entre as quais o Brasil, que transmitirá o mega jogo pela ESPN, RedeTV! ou Star+. Ano passado, por exemplo, o público americano do Super Bowl 57 atingiu os 113,06 milhões de espectadores, de acordo com o Nielsen Institute (entidade que faz naquele país um trabalho semelhante ao do Ibope). Na edição de 12 de fevereiro de 2023, em Glendale, Arizona, o Chiefs derrotou o Philadelphia Eagles por 38 a 35 e foi o campeão.

     O recorde de público televisivo, porém, segue sendo o de 1 de fevereiro de 2015, quando quando 114,8 milhões de espectadores assistiram à vitória do Patriots sobre o Seattle Seahawks: 28 a 24 no Super Bowl 49.

     Além de ser um megaevento esportivo em si, o Super Bowl conta sempre com um artista de nível planetário em seu intervalo - o deste ano será o cantor e dançarino norte-americano Usher. Além disso, fãs da superstar Taylor Swift torcem para que ela marque presença nas tribunas, já que seu namorado, Travis Kelce, atua como tight end (uma das funções do ataque) pelo Chiefs. 

      Com tantos fatores e ingredientes, esportivos ou não, o  Super Bowl é provavelmente a maior celebração do que são os Estados Unidos, em sua tradição, cultura, patriotismo e poder econômico. Por isso mesmo, trata-se também de uma incomparável oportunidade para que algumas das maiores marcas  da economia daquele país  lancem suas campanhas publicitárias de destaque. O custo médio de um comercial de 30 segundos  gira em torno de US$7 milhões (cerca de R$35 milhões), valores semelhantes aos da edição anterior. 



Foto: Instagram @nfl


     Detentora dos direitos de transmissão da mega partida, a CBS anunciou em novembro que todos os espaços publicitários já estavam praticamente esgotados, o que não chega a ser uma surpresa. Tradicionalmente grandes marcas costumam aproveitar o intervalo da final do campeonato para exibir comerciais marcantes, que entram para história da publicidade e despertam a emoção dos espectadores. Frequentemente são contratadas celebridades para protagonizar as peças publicitárias. Entre as marcas  que assinaram contratos com a CBS para a grande decisão da NFL está a montadora de automóveis BMW, que vai exibir um comercial de 60 segundos assinado pela agência Goodvy Silverstein & Partners mostrando um veículo elétrico.  Agora é aguardar pra ver o impacto do comercial da marca alemã e se a celebridade contratada será capaz de alavancar a procura por modelos elétricos, em queda no mercado europeu.


Outras marcas que também exibirão comerciais durante o megaevento esportivo


BetMGM - Estreante no intervalo do grande jogo, a marca terá peça publicitária de 30 segundos em que irão aparecer o americano Tom Brady, maior ídolo da história da NFL, sete vezes campeão do Super Bowl, sendo seis pelo Patriots e uma pelo Tampa Bay Buccaneers; o canadense Wayne Gretzky, tido como o maior astro do hóquei sobre o gelo, com o tetra da Stanley Cup da NHL, pelo Edmonton Oilers; e o ator americano Vince Vaughn. A agência é a Highdive.


Booking.com - Pela terceira vez consecutiva no grande jogo, a plataforma de viagens e férias terá um comercial de 30 segundos, criado pela Zulu Alpha Kilo.


Coors Light - Cerveja de baixo teor alcoólico, a marca vai retornar ao intervalo da decisão com um comercial logo no primeiro intervalo do jogo, criado pela Droga5.


DoorDash - Startup de entregas, líder deste mercado nos EUA, vai marcar presença em Super Bowls pelo segundo ano seguido. Vai mostrar ao público como é possível comprar de tudo pela plataforma. A agência responsável é a Wieden+Kennedy Portland.


Doritos - Pelo sétimo ano consecutivo a marca de salgadinhos em formato de tortilhas estará presente, em uma campanha criada pela Goodby Silverstein & Partners.


Dove - Marca de produtos de higiene pessoal, vai utilizar o intervalo para reforçar mensagens de valorização da verdadeira beleza, proposta que vem sendo sua bandeira há 20 anos. A criação é da agência Ogilvy.


Drumstick - Marca de sorvetes. Vai fazer sua estreia com peça de 30 segundos, estrelada pelo comediante Eric André e que terá como criadores os integrantes da agência Opinionated.


E.l.f - Empresa americana de cosméticos, vai estrear no megaevento esportivo, com comerciais dirigidos pelo ator, escritor e diretor Zach Woods, conhecido pelos trabalhos nas séries The Office e Sillicon Valley.


Etsy - Um mercado de produtos feitos à mão, artesanato e de artigos vintage, terá pela primeira vez seu comercial veiculado em uma edição do Super Bowl.


FanDuel - A empresa de jogos e cassino online está de volta ao maior evento da NFL em comercial de 30 segundos, feito em sequência à campanha publicitária de 2023, estrelada por Carl Weathers e John Cena. A criação é da Wieden+Kennedy.


Hellmann’s - Muito conhecida no Brasil como “a verdadeira maionese”, vai utilizar o megaevento esportivo para dar continuidade, em sua campanha, elaborada pela Wunderman Thompson, ao conceito “Make Taste, Not Waste, lançado no ano passado.


Kawasaki - A conhecida indústria de motos e jet-skis vai fazer sua estreia na decisão da NFL com uma peça publicitária de 30 segundos, elaborada pela Goodby Silverstein & Partners.


Kia - Montadora sul-coreana, estará no intervalo do super-jogo pelo terceiro ano consecutivo, desde seu retorno. Vai ter 60 segundos no intervalo, para promover seu modelo elétrico, o EV9, numa peça publicitária elaborada pela David & Goliath.


M&M’s - Logo no primeiro bloco comercial do jogo, a M&M’s exibirá seu comercial de 30 segundos, criado pela BBDO New York.


Mountain Dew - A marca da PepsiCo retorna l após ter ficado de fora nas últimas duas edições, em campanha criada pela Goodby Silverstein & Partners.


Nerds - As balinhas farão sua estreia no grande jogo em um comercial de 30 segundos, criado pela agência Digitas Chicago.

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