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CPB colhe os louros de projeto de inclusão bem-sucedido


A histórica conquista do quinto lugar nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024 obviamente não aconteceu por acaso. Na capital francesa, a delegação brasileira obteve 89 pódios, sendo 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes, recordes históricos tanto no total quanto no de primeiros lugares.  Conforme destacou o presidente do Comitê  Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado,  os recentes resultados são decorrentes de um planejamento estratégico datado de 2017. Como parte desse projeto, o CPB dispõe de um Centro de Treinamento em São Paulo digno de Primeiro Mundo além de Centros de Referência espalhados pelo país.  

"Esse plano de 2017 foi uma bússola que nos guiou até aqui. Passamos a considerar uma nova dinâmica, deixamos de fazer a inclusão apenas após repercussão no esporte e passamos a ter a inclusão de fato na nossa missão. Fomos até as pessoas e não apenas organizamos competições, destacando os melhores para as seleções", afirmou o presidente do CPB, Mizael Conrado.

    De acordo com levantamento do CPB, em Paris-2024, 23 das 89 medalhas foram conquistadas por atletas que foram formados e treinam nesses centros de referência, lançados em 2017. Destas 23 medalhas, seis foram de ouro, três de prata e 14 de bronze. Ao todo, o CPB mantém 72 centros de referência em 26 unidades da federação, exceto no Piaui. Dos 255 atletas que competiram nos Jogos Paralímpicos de Paris, 57 treinam em um Centro de Referência, ou 22% do grupo.   

       Maior símbolo do projeto paralímpico, o CT Paralímpico Brasileiro fica no Parque Fontes do Ipiranga, zona sul de São Paulo, e tem instalações esportivas indoor e outdoor para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções. O CT dispõe de área residencial com alojamentos com capacidade para 300 leitos, refeitório, lavanderia e um setor administrativo com salas, auditórios e outros espaços de apoio. No CT, funciona a sede administrativa do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), na qual atuam mais de 300 profissionais de diversas áreas. A construção foi oficializada em 2013 e até sua inauguração, em maio de 2016, ali foram investidos R$264,272 milhões, pelos governos federal e estadual.   


Foto: Divulgação/ Comitê Paralímpico Brasileiro


         O CT brasileiro tem 95 mil metros quadrados de área construída. Lá, estão incluídos 2 quadras de vôlei sentado, 1 quadra de basquete em cadeira de rodas, 1 quadra de rúgbi em cadeira de rodas, 1 quadra de goalball, 12 mesas de tênis de mesa, 2 tatames de judô, 6 áreas para halterofilismo, 4 para a esgrima, 6 canchas de bocha, centro aquático com 1 piscina olímpica e 1 semi-olímpica, 1 campo de futebol PC, 1 campo de futebol de cegos, 2 quadras de tênis em cadeira de rodas, 1 pista de atletismo, 1 pista de atletismo indoor, academia para apoio e condicionamento físico, fitness e fisioterapia, vestiários, centro administrativo, centro de medicina e ciência, além de 300 leitos. O CT já foi sede, por exemplo, de competições nacionais e, em 2017, do Parapan-Americano de Jovens.    

        Além desta infraestrutura, o CPB busca talentos nas Paralimpíadas Escolares e investe na formação de treinadores e profissionais especializados. Por isso, lançou, em 2010, a Academia Paralímpica Brasileira (APB), que visa a desenvolver e a produzir conhecimento científico específico para professores de educação física e treinadores. Em 2012, a APB passou a ser constituída por duas linhas de ação básicas: “Educação e Formação” e “Ciência e Tecnologia".  O link da APB é: https://cpb.org.br/ciencia-e-pesquisa/academia-paralimpica.   

     Para o futuro, Conrado, presidente do CPB,  deseja ver um crescimento especial na Região Norte, que possui o maior número de pessoas com deficiência, mas o menor número de oportunidades. Em São Paulo, o CPB vai assumir o curso de Educação Física de crianças com deficiência das escolas públicas do Estado de São Paulo, o que poderá ser levado a outros estados. Tendo em vista futuras edições de Paralimpíadas, o CPB vai investir no ciclismo. Em Paris, a Holanda terminou em quarto no quadro de medalhas com 27 ouros contra os 25 do Brasil. Dos 27 títulos holandeses, 12 foram ganhos neste esporte.

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