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Chegou a hora de fazer história


Dono de duas pratas olímpicas no futebol de mulheres, em Atenas-2004 e Pequim-2008, o Brasil terá de quebrar  neste sábado, a partir das 12h de Brasília, no Estádio Parque dos Príncipes, em Paris, uma incômoda escrita diante dos Estados Unidos, adversário na decisão da medalha de ouro. 


Foto: Rafael Ribeiro/ CBF


A equipe verde e amarela fará uma final olímpica depois de 16 anos, e logo diante de um adversário que costuma levar vantagem sobre o Brasil. Foi precisamente para os Estados Unidos que o Brasil perdeu as duas finais anteriores. Em 42 confrontos, foram 33 vitórias para as norte-americanas, cinco empates e apenas quatro vitórias para o Brasil.  Na última, há quase dez anos, num torneio amistoso disputado em  Brasília, em dezembro de 2014,  o placar terminou em 3 a 2 com três gols de Marta. 

Em sua sexta participação em Olimpíadas, Marta, por sinal, é dúvida para a decisão deste sábado. Expulsa no jogo contra a Espanha, pela fase de grupos, ela teve de cumprir dois jogos de suspensão. Ficou de fora contra a França e a Espanha. O técnico da seleção, Artur Elias, não revelou se vai manter a equipe que se saiu vitoriosa nesses dois confrontos, ou se vai promover o retorno da  camisa 10. 

Ao longo de sua história na modalidade, os Estados Unidos têm quatro títulos de Copa do Mundo e outros quatro em Olimpíadas. Para chegar à final, o time americano derrotou a Alemanha por 1 a 0 na semi. Por isso, o discurso das atletas brasileiras mostra a consciência de que elas terão de fazer história, para poderem subir ao topo do pódio.

     "Vai ser igual a todos os jogos: muito, muito difícil. Está sendo uma competição muito difícil, mas a gente cresceu muito, ganhou um corpo... Eu fico: olha onde a gente está, olha aonde a gente chegou", declarou Gabi Portilho, que marcou gols nos dois jogos, contra a França e contra a Espanha.

     Ainda segundo a camisa 18, o elenco se fortaleceu ao longo da competição. Depois de ter feito uma campanha titubeante na fase de grupos, na qual se classificou como uma das terceiras melhores colocadas, com uma vitória sobre a Nigéria e derrotas diante do Japão (2 a 1) e da Espanha (2 a 0), obteve duas grandes vitórias, nas quartas de final, (1 a 0) sobre a França, e nas semifinais, (4 a 2) sobre a Espanha, atual campeã mundial.

     "O Brasil é gigante. A gente sabe da nossa força, e mostrar isso dentro de campo, olhar no olho uma da outra, jogar até o final. E a gente está abdicando de muita coisa, jogando com dor... Infelizmente temos as meninas lesionadas. A gente está jogando por todo mundo, pela nossa família, nosso sonho. Está sendo histórico e vai ser muito mais”, acredita Gabi Portilho.

     Para Kerolin, autora de um dos gols da vitória sobre as espanholas, enfrentar os EUA não é uma novidade, porque elas têm enfrentado as americanas desde as seleções de base. Além disso, muitas brasileiras atuam nos Estados Unidos.

      "A gente conhece bem. Temos que focar muito, é um time jovem. A gente tem que jogar bem, ter muita consciência, muito pé no chão. A gente vai buscar o resultado o tempo todo. Temos que respeitar os EUA, que são um time muito bom, de muita história, de transição, mas acho que estamos mostrando pouco a pouco o que a gente quer para conseguir com muita humildade".

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