O Brasil está empenhado em carimbar o passaporte para as Olimpíadas de Paris, no ano que vem. Atletas de várias modalidades já iniciaram a disputa pelas vagas oferecidas. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) está tentando dar um empurrãozinho a mais para garantir a participação da seleção feminina nos Jogos de 2024 e, para isso, apresentou à Federação Internacional de Basquete (Fiba) a proposta de sediar o Pré-Olímpico Feminino. A competição está prevista para fevereiro de 2024, sendo a última oportunidade para a obtenção da vaga olímpica.
“Enviamos à FIBA o nosso interesse na realização do Pré-Olímpico no país e queremos muito que dê certo. Vamos trabalhar para isso, apesar de sabermos que a decisão é da FIBA. Nossa seleção feminina merece. O basquete feminino do Brasil, vencedor em sua história e em ascensão, merece também”, disse o presidente da CBB, Guy Peixoto Jr.
A CBB quer garantir que a equipe feminina não deixe de participar das Olimpíadas, já que nos Jogos de Tóquio-2020, ela não conseguiu a classificação. Ao longo da história, a seleção brasileira feminina de basquete participou ao todo de sete torneios olímpicos. A melhor participação foi em Atlanta, em 1996, quando conquistou a medalha de prata. Em Sydney-2000, a seleção obteve o bronze e, em 2016, mesmo jogando em casa, terminou na nona posição.
De acordo com o regulamento de classificação para o torneio olímpico feminino de basquete de Paris, em cada um dos quatro torneios Pré-Olímpicos quatro seleções de continentes variados disputam três vagas. Ao todo, serão 16 equipes na briga por dez vagas, já que os Estados Unidos, atuais campeões mundiais, e a França, país-sede, já estão classificados. Ainda assim, participam de todo o processo e, nos grupos em que os dois países caírem, serão distribuídas duas vagas, somando as 12 do torneio olímpico.
Com o recente título da AmeriCupW, Copa América Feminina de Basquete, conquistado em julho, no México, o Brasil já tem vaga assegurada no Pré-Olímpico Mundial.
“Estou muito feliz com essa candidatura para trazer o Pré-Olímpico. A seleção, depois dessa AmeriCupW, mostrou o potencial que tem. Tanto quem foi, quanto quem fez parte dos treinos. Seria espetacular. O basquete feminino merece esse espetáculo, merece trazer essas seleções aqui, o mais alto nível”, comentou Roseli Gustavo, diretora do basquete feminino na CBB.
Foto: Divulgação/ CBB
Roseli assumiu a direção da equipe pouca antes da disputa da Copa América. Ela, que já viveu a experiência de ser cortada da seleção, nas Olimpíadas de Barcelona, em 92, e ser vice–campeã, em 1996, sabe bem a importância de estar em uma olimpíada, que reúne a nata do esporte. É por isso que acredita que a equipe merece estar no grupo seleto de Paris 2024 e tem trabalhado duro, agora do lado de fora da quadra, para assegurar essa participação.
Como pré-candidato a sediar um dos Pré-Olímpicos Mundiais, o Brasil vai receber um caderno de encargos com as determinações e exigências para a realização do torneio. Ao mesmo tempo, a CBB já está negociando com as outras cidades potencialmente interessadas em receber a competição no ano que vem.
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