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Brasil vai a Paris com a maior delegação paralímpica da história

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) vai enviar 279 atletas para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos, em Paris, entre os dias 28 de agosto e 8 de setembro. Trata-se da maior delegação de todos os tempos, para um evento fora do país. Uma parte dos atletas, treinadores, médicos e pessoal de apoio já embarcou na última segunda-feira, dia 12. Do total de 279, 254 são desportistas com deficiência, 19  atletas-guia (18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo.

     Toda a delegação verde e amarela estará empenhada nas disputas de 20 das 22 modalidades do programa dos Jogos. As únicas em que os brasileiros não conseguiram vagas foram no basquete e no rúgbi, ambos em cadeira de rodas. Dos 254 atletas, 116 são mulheres, ou 45,67% do total dos competidores. É a maior convocação feminina do país para os Jogos Paralímpicos . No Rio, em 2016, o então recorde era de 102 mulheres, o equivalente a  35,17% da delegação. Em Tóquio-2020,  ocorreu o maior percentual de representatividade de mulheres, com  41,03%.  Foram 96 mulheres e  138 homens. O CPB vem implementando um projeto  em favor do aumento da participação feminina na delegação. 

      Na capital francesa, a meta do CPB é a de superar a melhor campanha brasileira em Paralimpíadas, a de Tóquio- 2020, quando o Brasil obteve a sétima posição no quadro de medalhas, com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes, num total de 72 premiações paralímpicas.

     Entre os atletas convocados, o nadador pernambucano Phelipe Rodrigues, da classe S10  (limitação físico-motora) é o detentor do maior número de medalhas, com oito, tendo assegurado ao menos uma medalha em cada uma das quatro edições dos Jogos que disputou, entre Pequim-2008 e Tóquio-2020. Especialista nas provas de velocidade, as de 50m livre e 100m livre, já conquistou cinco pratas e três bronzes.



Phelipe Rodrigues, recordista de medalhas

Foto: Ale Cabral/ CPB


     No feminino, a nadadora cearense Edênia Garcia, de 37 anos, fará sua sexta participação em Jogos Paralímpicos. Será a única brasileira em Paris a alcançar tal número de participações, após também ter competido em Atenas 2004, Pequim 2008, Rio 2016 e Tóquio 2020. A atleta dos 50m costas já conquistou três medalhas paralímpicas, duas pratas e um bronze. 

      Dentre os convocados,  88  - 34,64% de toda a delegação -  vão estrear no megaevento.  A modalidade com mais novatos é o atletismo. Dos 70 atletas deste esporte,  23  são estreantes, o equivalente a 33% da modalidade. O atleta mais novo do Brasil é o nadador paulista Victor dos Santos Almeida, da classe S9 (limitação físico-motora), que completou 16 anos no último dia 19 de maio. Já o  cearense Eugênio Franco, de 64 anos,  atleta do tiro com arco, é o atleta mais velho da delegação. 

      Pela primeira vez a cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos será realizada fora de um estádio. No dia 28 de agosto, os 4.400 atletas, de 184 países, irão iniciar o desfile na parte inferior da Avenida Champs-Elysées e chegarão à Place de la Concorde. As competições terão início no dia seguinte, 29 de agosto.

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